segunda-feira, 22 de janeiro de 2007

Medicina

Um texto sobre minha área que fiz para uns amigos psicólogos que estão trabalhando com orientação profissional.
O curso de Medicina é feito em seis anos, envolvendo um ciclo básico e um profissionalizante. No ciclo básico ocorre um aprofundamento das disciplinas do segundo grau (principalmente a biologia) e é bem parecido com o de outros cursos da área biomédica, excetuando-se a carga horária e o grau de aprofundamento nas disciplinas. No ciclo profissionalizante entramos em contato com os pacientes e nosso ambiente de trabalho: o hospital. Nos currículos mais atuais, este contato pode ocorrer de forma mais precoce (até mesmo no primeiro ano de curso).
O objetivo do curso é formar o que chamamos de Médico Generalista. Este é aquele que concluiu os 6 anos da graduação e tem conhecimentos básicos nas cinco grandes áreas da Medicina, que são: Clínica Médica, Cirurgia, Pediatria, Ginecologia e Obstétrica (GO) e Medicina Preventiva e Social. Após a graduação, existe a Residência Médica, que é um aprofundamento dos conhecimentos em uma das áreas da Medicina, pode durar de 2 a 5 anos e, acreditem, pode ser mais difícil que o vestibular, dependendo da área que se escolhe.
O Médico para exercer a profissão, precisa estar inscrito no Conselho Regional de Medicina de seu Estado, sendo sua principal função o diagnóstico e tratamento de enfermidades, mas há quem trabalhe somente com diagnóstico (radiologista, patologista), terapêutica, no ensino, no desenvolvimento de pesquisas na área de saúde, com esportes ou ainda na Medicina do trabalho, dentre outras.
Muitos entram no curso de Medicina buscando status e prosperidade. Hoje, enfrentamos uma época em que há um crescimento desenfreado de novos cursos de Medicina em todo país, o profissional enfrenta um mercado de trabalho complicado, e neste cenário estão incluídos o sistema público e os planos de saúde. Apesar disso, a profissão vale a pena quando é exercida com amor e humanismo. São enormes as demonstrações de carinho e gratidão quando se consegue uma boa relação médico-paciente e com seu objetivo atingido. Provando que todos os anos de estudos e abdicação não são em vão.

2 comentários:

Brunnoc disse...

Minha cabeça não anda muito boa e sei que falei da Medicina de forma muito hospitalocêntrica e puramente curativa. Mas não é bem assim, a Medicina preventiva ainda é a mais importante!!!

Homem, Homossexual e Pai disse...

excelente definiçaõ da formação e do que é ser médico!
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